domingo, 22 de março de 2009




Duvidosa aparência.
Pálidos, encarnados
Pele doentia.
Que doença?
Drogas, álcool!
Desprezados pelo modelo
A nós foi imposto.
Magras e esbeltas,
Musculados e férteis!
Num modelo decadente.
Que doença?
Maus tratos perpetrados
Contra uma infância perdida,
Violência que devora
O ser belo de cada um.
Será a doença apenas,
Fuga?
Fuga de antepassados
Negada pela sociedade.
Reabilitação apressada,
Destes seres.
Drogas toleradas!
E as magoas?

domingo, 15 de março de 2009




Avaliado
Por números,
Escalas e cifrões.
Identificado como,
Embalagem em supermercado.
Plástico e cartão
Escondem qualidades.
Iludem os incautos
Com aparências!
Sistema que não se poupa
Á exclusão,
Pôr de parte aqueles
Que gritam.
Gritos abafados,
Por diagnósticos.
Nunca por abraços!
Lágrimas que cantam
Cantigas de embalar.
Cantam saudades!
Dos que tenho
No coração.

sábado, 14 de março de 2009




Fechado em revolta

Revoltas,

Contra passados.

Que ferem, diluem

O teu ser.

Perdes a palavra

Razão!

Gritas mais alto

Na revolta,

Do que a razão!

Faz o teu silêncio.

Fecha esse passado,

Solta humildemente

A tua voz…

Sem revolta.

Ama o hoje!

Abre a mão

Ao teu coração.