terça-feira, 24 de julho de 2012

Dor!!!





Vagueio por entre montes
Vales e serras
Vagueio por entre ventos
Gotas de chuva
Vagueio por entre flores
Pétalas e odores
Vagueio escondido
Despercebido
Vagueei durante tanto tempo
Perdi a noção
Não encontro mais
 O início deste meu passeio
Perdi-me por completo
Nestas andanças
Vagueei tanto
Sobre dores e sofrimentos
Que se tornaram crónicos
Estes meus propósitos
De quem caminha sem norte
Estas dores que me tomaram
De assalto
Vagueei tanto que se tornou
Crónica esta fantasia
De vaguear por entre a dor
E o preto e branco
Vaguear por baixo de céu
Cinzento
E noites de lua nova
Sem estrelas
Vagueei tanto no preto e branco
Que assim se tornaram
Os meus sentimentos   

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Silencio do guerreiro






Forja-se um pedaço de aço
Aquecido ao rubro
Desdobra-se em misturas
Misteriosas
Aço velho e novo
Dobrado e voltado a dobrar
Dezenas?
Talvez uns milhares de vezes 
Dobrado e redobrado
Feita arma de guerra
Essa que muitos empunham
Feitos cavaleiros de gravata
Recrutam tropas, elites que os segurem
Em andores putrefactos
Transportados em liteiras
Ao suor de escravos feitos
De ilusões, verborreia
Esborratada em papel
Com fotos de animais,
Que não são dignos de empunhar
Um Pedacito de aço sequer
Quanto mais uma arma de guerra
Forjada com suor, não de escravos
Mas de guerreiros
Com um dom muito grande
A Honra