quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Ribeira da Azenha







A minha boca transformou-se
No túmulo das palavras
Ouço ao longe o marulhar
De ribeiro que me regou a infância,
Engoliu brinquedos,
Foi fundo de fotos, som de vídeos
Neste local singular, circulo
Inerte como estatua…
De cabeça baixa aguardo
O regresso dessa infância
Onde possa traquinar
Regressar ao passado
E saltar todos os erros
Para outros tantos cometer
Queria traquinar
Nas tuas margens
Perder de novo os meus brinquedos,
Mas ficar preso, nesse teu tempo
Inerte


Rui Santos
Ribeira da Azenha
14/08/14

sábado, 9 de agosto de 2014

Penela




Do castelo às gentes
Nariz empinado, perdido
Por entre quelhas,
Calçadas e penedos
Perpétuos como sorrisos
De gentes que dá,
Bons dias, boas noites
Gente pequena de coração maior
Nesse sorriso perpétuo de Penela

Rui Santos
29/07/2014
Penela