sexta-feira, 12 de novembro de 2010




Brotam de mim
Gritos apavorantes!
Estridendentes,
Trovões e bombas.
Como se no meio da guerra
Fosse o meu caminho.
Todos os gritos que de meu peito
Emanam, tudo ensurdecem.
O marulhar do mar e das arvores
Silvos e cantares das mais belas aves.
Tudo é silenciado!
Como por ordem,
Ficar no meio destas trevas medonhas.
Ou partir?
Partir na direcção do
Trovão mais profundo.
Na direcção da luz
Que irradias.
Nessa luz onde encontro
O caminho de casa depois
Desta batalha.
Onde não findam estes
Gritos medonhos.
De gente que procura
O seu próprio duelo
O seu itinerário!

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