terça-feira, 2 de novembro de 2010




Revejo o mesmo caos
Que em tempos encontrei.
Num velho ser
Encarquilhado de idade,
Corpo disforme
Articulações doridas,
Músculos inertes!
Abandonado no leito.
Revejo essa batalha
Entre o corpo
E a alma.
Agarrados aos bens
Conquistas de uma vida árdua!
Amarrados a esses sentimentos
Pelos próximos.
Tarefas agendadas
Forçadas a cair no
Esquecimento.
Uma luta que um corpo débil,
Jamais suporta.
Revejo neste mesmo
Corpo
A luta que tenho travado!
Esta luta!
De promessas
Feitos esquecidos.
Passam por mim todos os dias
Num corpo jovem e possante.
Esta mesma batalha
Realiza-se em mim,
E não no velho
Que em tempos encontrei!

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