
És a minha ilha
A única tábua de redenção
És aquela que me diz que seja
Sem ter motivos de ser
Quem quer que seja
Sou apenas eu
Eu que amo
Odeio, enraiveço
Destilo os feles
Raivoso
És apenas a humildade
Das palavras que me nego dar
Sou eu, apenas eu
Que me nego ouvir
E a sentir na pele
Das amarguras que me falas
Sou eu apenas
Que me revolto
Neste mundo estranho
Este mundo que me prende
Atrofia!
Quero-me separar deste mundo
Ouvir o teu canto
As tuas preces
Que me levam a ti
Ouvir as tuas palavras harmoniosas
Que me trazem de volta
A este mundo
Que me desfez
Trazes-me com cânticos
Há minha própria razão
Para que com todo o desejo
O deixe de odiar