Esta aflição
Procuro intensamente
Origem de tal insegurança
Sensibilidade em mim
Tomou-me como teto
Incerteza de ser
De me deixar levar
-Entregar!
Hesitação em soltar o espírito
- Oculto, tímido…
Deixar a mão pousada de leve
Em folha branca
Memória vazia, sem fonte…
Musa
Imaculado branco que nega absorver
As belas tintas da fantasia
Imaginação caída, varrida de mim
Foge de mim,
Como presa de leoa em savana
Empoeirada
Tintas que rejeitam pintar
O meu imaginário
Arco-íris cinzento, triste
A falta das gotinhas,
Para que na luz do astro rei reflictas
Em inúmeras e invejáveis tintas
Teimosamente recusam poisar
Nesta minha imaculada folha
Procuro a fonte
O teu inicio,
- Ou fim… onde escondes o pote de moedas douradas.
Contos de fadas,
-Fonte de inspiração, juventude?
-Porque se escondem de mim essas cores?
Jogo às escondidas com elas e nunca as encontro
E em tristeza profunda abandono
Imaculada folha deserta de tintas.