Dedico a mim mesmo
Estes instantes.
Pausas do meu outro ego
Refugiado em busca de abrigo
Devorando cigarros
Em buscaDesse abrigo que me abrace
Que ponha termo a estes
Pesadelos, ataques de pânico.
Refugiado da luzRefugiado do odor a terra molhada
Oculto no mais remoto dos cantos Baloiço-me lenta e pausadamente
Como as imagens criadas pela minha menteQue se partem
Dividem e se dispersamAssim como aparecem se somem
Refugiado neste meu canto Ofegante, trémulo neste vaivém
Sem fimEscondo-me desse
Terror
Arranho palavras contra o papel Na esperança que esse abraço
Finalmente surja E que me deixe finalmente
Refugiar tranquilamente
Debaixo dessa abóbada Ponteada de branco cintilante
Ter a lua como luz De cabeceira
E fechar os olhos
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