sexta-feira, 6 de julho de 2018
Rainha
Quantas foram as árvores que derrubei?
As naus que construí?
Quantas foram as cordas que me calejam as mãos?
Das velas que icei
As aguas que naveguei,
Os monstros que batalhei?
Apenas para te rever!
Quantas vezes te deixei chorosa?
Porque partia sem sequer nos teus olhos mel.
Os meus pousasse!
Quantas vezes?
Trajei armaduras, cavalguei planícies
Montanhas e desertos
Empunhei espadas, escudos e arretes
E chorosa me viste despojar de armas
E traído pela morte
Nem os teus olhos Mel, Beijar?
Tu, Minha Rainha
Que me saras as feridas
Me sacias a sede e fome
Que me guardas o coração
Quantas vezes, mais?
Nos vamos encontrar
E nos braços um do outro
Finalmente repousar?
Rui Santos
01/07/18
segunda-feira, 2 de julho de 2018
Para ti
As saudades que tenho
De atracar a minha ansiedade.
No conforto do teu regaço
Repousar o bicho-carpinteiro
que me corroí
sentir os afagos dos teus macios dedos
e deixar-me ir
Levado a boiar em ribeiro cristalino.
Ao compasso do teu coração
As saudades que tenho
Desse teu carinho
Que eu próprio turvei com cores escuras
A tua força de viver
empurrou-me, puxou-me dos confins
demoníacos de uma tristeza descomunal
Avivaste um imaginário adormecido
atrofiado entre fantasmas
Deste vida a sentimentos adormecidos
Alguns desconhecidos mesmo
As saudades que tenho!
Rui Santos
27/06/18
Guerreiros
Quem me dera!
Que todas as armas
Fossem pincéis
Balas, Aguarelas
Que trovas fossem,
Mensagens de guerra
Quem me dera!
Que todas as guerras fossem
Frescos em capelas.
Desenhos de paixão
Pintados com o ardor de quem Ama!
Quem me dera!
Que todas as tintas fossem
caricias a quem em vão partiu
Sofrimento fosse ínfimo
como grão de areia
A paz celestial caminhasse de mão dada
Com todos
Quem me dera que todos
Fossem guerreiros de tantas cores
E trovas
Rui Santos
28|06|18
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