segunda-feira, 2 de julho de 2018

Para ti



As saudades que tenho
De atracar a minha ansiedade.
No conforto do teu regaço
Repousar o bicho-carpinteiro
que me corroí
sentir os afagos dos teus macios dedos
e deixar-me ir
Levado a boiar em ribeiro cristalino.
Ao compasso do teu coração

As saudades que tenho
Desse teu carinho
Que eu próprio turvei com cores escuras
A tua força de viver
empurrou-me, puxou-me dos confins
demoníacos de uma tristeza descomunal
Avivaste um imaginário adormecido
atrofiado entre fantasmas
Deste vida a sentimentos adormecidos
Alguns desconhecidos mesmo

As saudades que tenho!


Rui Santos
27/06/18







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