Encruzilhados numa vastidão.
Desencontros que o tempo premedita
Esse que se perdeu em mecanismos
Em matemáticos tique taques
Que perduram para além do tempo perpetuo
Entrançados em luminosos pontos
Cruzando a estonteantes velocidades
No infinito de uma minúscula galáxia
Estes pontos, fonte de nós!
Encontram –se em relampejante presença
Na suavidade de auroras boreais
Que ondulantes, animam o palco.
Das encruzilhadas que os sentimentos nos desferem na pele,
Nas feridas que se abrem...
Quantas foram as vezes que me sararam?
Delas foram vítimas ou inocentemente castigados?
Quantas são as feridas que carrego,
Neste tempo perpétuo?
Quando o tique taque me tortura
Na agonia de vos ter feito sofrer a
Vós inocentes, vítimas de tresloucadas emoções
que me cavalgam os impulsos.
Quantas foram as vezes que nos cruzamos,
sem que o Karma nos perseguisse?
Encruzilhadas de vingança onde o cheiro de sangue
Nos torna selváticos e a sede nos corrói o instinto.
Quando terminará tão longo trajecto
Para que possa finalmente cuidar das feridas,
Que o tempo perpetuou na minha Alma?
Cruzar finalmente,
Animado palco, cintilante...
- Tal como vossas Almas-
E estourar em mil Sois de alegria
Pois sois felizes!
Rui Santos
1 comentário:
A introspecção de quem vive olhando o tudo e não se perdendo no nada...
Somos na verdade, pequenas criaturas cósmicas inferiores a grãos de pó neste Universo. É preciso ter consciência disso e não nos deslumbrarmos com o nosso «Ser».
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