De pés descalços
Para sentir-te melhor
- Ó Mãe Terra!
Curvei-me e tirei de ti
Um pouco de areia
Que lancei, na penumbra da noite
Em direção à abóbada
Lancei com toda a força que tinha
E todos esses grãozinhos
Desabrocharam em pontinhos de luz
Lancei junto os meus desejos,
Os meus medos
E lá de tão longe todos eles de iluminaram
Lancei ao Universo, sementes.
Vou esperar de pés nus
Que as raízes dessas sementes
Desçam sobre ti, ó Mãe!
Que se alimentem,
Das forças obscuras que sobre ti divagam
Que a maldade as nutram
E todas as lagrimas de tristeza as reguem
A ganância do ser humano pelo poder
Seja fertilizante
Vou esperar de pés nus
Que floresçam e que caiam sobre nós
As soltas pétalas coloridas
Riscando co céu
Como estrela cadente
E que rasto seja de pó magico
- Que te regenerem e limpem ó Mãe!
E que sobre ti nasçam campos verdejantes
Cheios de coloridas flores silvestres
Luxuriantes florestas
Lancei no Universo este sonho
Tenho fé que um dia me vou descalçar
E te vou ouvir a cantar feliz
- Ó Mãe terra!
Rui Santos
27/06/24
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