terça-feira, 30 de novembro de 2010
sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Quero catapultar de mim,
Este sentimento de culpa.
Sentimento que em mim ferve
Quero-o daqui para fora!
Sentimento de culpa,
Catapultado para bem longe
Onde ninguém more!
Onde não faça vitimas com tamanho
Ardor!
Quero soltar amarras e partir,
Zarpar num mar aberto,
Cheio de tempestades
Maresias, monstros e falésias!
Quero soltar este animal que me amedronta.
Como vulcão activo
Solta pedras em todas as direcções.
Sangro lava!
Quero explodir em todas as direcções.
Sedento de leveza,
Do sabor da brisa marítima
Sedento de ser livre.
Sem ser mais escravo desta,
Culpa.
Quero ser como vulcão!
Dispersar em todas as direcções
E gritar bem alto
Que sou livre!
sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Brotam de mim
Gritos apavorantes!
Estridendentes,
Trovões e bombas.
Como se no meio da guerra
Fosse o meu caminho.
Todos os gritos que de meu peito
Emanam, tudo ensurdecem.
O marulhar do mar e das arvores
Silvos e cantares das mais belas aves.
Tudo é silenciado!
Como por ordem,
Ficar no meio destas trevas medonhas.
Ou partir?
Partir na direcção do
Trovão mais profundo.
Na direcção da luz
Que irradias.
Nessa luz onde encontro
O caminho de casa depois
Desta batalha.
Onde não findam estes
Gritos medonhos.
De gente que procura
O seu próprio duelo
O seu itinerário!
terça-feira, 9 de novembro de 2010

Pequenino o frasco.
Guarda tantas emoções
Como será possível um frasco,
Tão frágil guardar algo?
Volátil, extremamente explosivo
Paixão!
Amor!
Raiva e angústia!
Mordazes pensamentos!
Maldições e agoiros!
De paredes de vidro,
Simples tampa de cortiça.
Guarda!
Estes mistérios todos,
Paixões que findam
Abruptamente
Como rio em cascata.
Amor convertido em ódio!
Donos da paixão
Desprezam os seus cargos.
Raiva de ver algo puro,
Transformado em arma,
A mortífera das armas
Fere a todos os que conceberam,
Criaram.
Ferem a voz do criador
Aquele que nos deu a vida!
Criou a mais bela das árvores!
Aos seres mais belos deste planeta
Matam todo esse sentimento.
Com pensamentos egoístas!
Refugiados no agoiro de uma vida
Desfecho,
Será o abrir de uma pequenina garrafa?
terça-feira, 2 de novembro de 2010

Observado amigavelmente
Com carinho,
Presença
Do melhor amigo.
Sempre presente
Cauteloso e distante.
De linguagens diferentes,
De formas distintas!
Observas.
Quase com horas marcadas,
Revejo velhos companheiros
Neste teu toque magico.
Neste teu ambiente
Te encontro!
Passos firmes
Profissão quase
Extinta!
Vergonha de muitos,
Orgulho imposto.
Poucas palavras
Raros assobios.
Ordens dadas
Aos que de ti,
A mim me ligam.
Sou pastor!
Tu és…?

Revejo o mesmo caos
Que em tempos encontrei.
Num velho ser
Encarquilhado de idade,
Corpo disforme
Articulações doridas,
Músculos inertes!
Abandonado no leito.
Revejo essa batalha
Entre o corpo
E a alma.
Agarrados aos bens
Conquistas de uma vida árdua!
Amarrados a esses sentimentos
Pelos próximos.
Tarefas agendadas
Forçadas a cair no
Esquecimento.
Uma luta que um corpo débil,
Jamais suporta.
Revejo neste mesmo
Corpo
A luta que tenho travado!
Esta luta!
De promessas
Feitos esquecidos.
Passam por mim todos os dias
Num corpo jovem e possante.
Esta mesma batalha
Realiza-se em mim,
E não no velho
Que em tempos encontrei!
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
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