Trago os pés numa possa gélida
A alma num deserto.
- Ó estrela flamejante,
Que me turvas a vista,
Dás vida a demónios.
Agitas seres inanimados
Torras a pobre alma Humana.
Bafejas tão forte
Que se me embebedam os olhos.
Secas todas as gotas
Que verto nesta imaginação.
Devia chover poetas e todos
Os humanos que por aqui desandam
Fossem as suas obras primas,
Os belos sonetos os seu netos.
Devia chover trovadores
Para com suas melodias
Animarem estes poemas e sonetos.
Devia chover os Deuses e Deusas
Os anjos e arcanjos.
Carregando pétalas
Para cobrir os caminhos destes
Poetas e trovadores.
Carregando cofres plenos
De corações felizes.
Para completarem poemas,
Melodias e sonetos
Devia chover uma estrela,
Um sol
Uma única lágrima tua
Para os meus pés aconchegar
Rui Santos
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