sábado, 13 de junho de 2015

Abrigo



É nas tuas mãos que me esqueço
de quem sou
Nelas encontro o abrigo do ventre Materno
Leve pulsar dos teus dedos
em endurecido corpo,
transportas-me, a tão remota infância.
Por entre delicados dedos
os meus grisalhos cabelos
Dedicação de Avó que no regaço
tranquilizava o nervoso miudinho
de um trauma profundo.
Enrolo-me assim no teu macio colo
por onde vagueiam, os meus desejos,
acalmas as chagas deste corpo
por breves instantes e assim fico
perdido, num tempo que não me esquece


Rui Santos
13/06/15



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