sábado, 11 de julho de 2015

Ermita




Vou jogar fora todos os haveres
Tudo o que tinha, me foi roubado
tudo o que conquisto me é cobiçado
Não quero mais haveres… Não quero ter.
Deixem-me apenas o meu caderno
as minhas fantasias de amador
Não quero o teu sorriso, a tua palavra
a tua pena de mim.
Não quero sonhar, nem viajar
muito menos tomar ar
Vou ausentar-me de mim mesmo
no meu mais profundo amago
Seguirei este tenebroso caminho
Sem “haveres”, ermita de mim
Neste mundo vagabundo
Onde a cobiça é Rei e a miséria a Rainha

Rui Santos
20/06/15






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