O que me vai restar
Apenas uma luzinha tremule
por entre muros imaculados
Grades majestosas
Imponentes e respeitosas
Guardado de tudo
No nada que restou
Guardado como quem segura
Brisa com as proprias mãos
O que me vai restar
As conquistas de uma vida
Os bens esquartejados e devorados
As criações e obras serão todas trocadas
Por tremules Luzinhas.
De igual brilho amarelado
ímpios, desumanos e perversos,
Puros e crentes aquinhoam
A manta que os cobre
Os maltidos desta vida serão
venerados com braçadas de flores
e caiem no esquecimento
As palavras cuspidas de Odio e rancor
Em vez de luzinhas, resta-me o teu Amor
E a ti te peço que me leves pela mão
Até que me solte de mim.
Vehuiah irá deitar-me no berço
e um farol tornar à vida
Rui Santos21/03/18
Rui Santos21/03/18
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