terça-feira, 19 de abril de 2022

Corruptos



 Como seres rastejantes

Repugnantes criaturas
disfarçados de cordeiros
Rastejam noite fora
Almas penadas sem corpo
Ou corpo sem alma.
Suas vítimas rastejam
escondendo-se na bruma de noite
Por entre vapores e alvoroço de ruas cheias
Cambaleando por entre vidros e garrafas
Serpenteando em imaginário covil
Tentando desmaiar das agruras da vida.
Grupos de pomposos galãs
Que ostentam brilhantes fatos
Lobos em pele de cordeiro,
Luzidios que nem lontras
Lustrosos que nem leões marinhos
Juntam-se em matilhas
Caçando pobres criaturas deambulantes
Em Prol de um grupinho, dito eleito
Como pode um povo eleger?
Vítimas de um veneno radical
Sugando sangue qual sanguessuga
Para cuspir ardilosas mentiras
Puro marketing numa cruz,
em papel vazio de honra
Cumprimentam-se sorridentes
Vítima destes grupelhos
com venenosas palmadinhas
Salivando sobre o papel sem honra
Embriagados em marketing
este povo caminha
Ignorando que a felicidade existe
Nasce nu e despido de tudo parte.
Rui Santos
17/11/19

Sem comentários: