sábado, 11 de julho de 2015

Aprendiz





Esperei um milénio
sem desesperar nem descansar 
Ancorado à esperança
Como lapa a uma rocha
Lutei pela vida e perdi sempre
Por entre tantas batalhas
Guerras e guerrilhas
Perdi pela guerra e pela paz
Fui mensageiro, guerreiro
Agricultor e engenheiro
Fui médico e analfabeto
Poeta e trovador, fui encanto
e desespero
Fui bruxo, diabrete e anjo
Fui tudo isso para ser o que sou
E vou continuar à espera
mais um milénio, uma eternidade
Vou aprender a ser para ter
E o momento certo há-de chegar

Rui Santos
07/07/15




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