Quem fui eu em todas as outras vidas?
Que mal atroz cometi?
Pesado karma que me persegue
Como grilheta em todos os membros
E segura firme neste corpo
-Qual alma suporta tal atrocidade?
-Quem fui eu?
Guerreiro de guerras alheias!?
Fiz vítimas, ou sou uma dela?
Perdi o rasto da estrela Polar.
Como quem navega em águas
Onde as velas caiem sem brisa
Onde o Sol enfraquece o espírito
E se solta do corpo a alma
Nos cânticos de belas sereias
Como quem perde a esperança
E luta contra a própria mente.
Que Deus nos proteja e aos fracos
Atados ao forte mastro.
Antes o Adamastor
Que perder a sanidade
Numa luta inglória.
Sinto a alma desabar contra rochedos
Em vagas constantes
Esse som que nos traz a terra.
E mesmo que desfeito
Caia em braços de uma indígena
Que me sare as feridas,
Desta e de todas as outras vidas
Que finalmente encontre
O caminho certo,
Liberto de tal karma
Quem sou eu?
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