Somos filhos do mesmo Pai
De uma Mãe paciente, cheia de tudo
E tudo o que nos une é nossa progenitora,
A Natureza.
Brota da flor um fruto, que dela outros virão
Cultivai-vos e multiplicai-vos
Qual a flor que gera tamanho encanto?
Qual o fruto que passa assim despercebido?
Ancora lançada em fundo rochoso
- As intempéries não demovem a sua missão!
Mas o seu sorriso demove universos
Os seus dedinhos, seguram firme o leme,
As pontas dos meus!
Calejados do timão da vida
- Como é que algo tão pequenino e poderoso
Segura firme uma nau?
Na intempérie de uma vida cada vez mais dura
Sem tempo para cuidar e podar os rebentos desta arvore.
Somos filhos do mesmo Pai
Sob o céu azul todos caminhamos
Mesmo em dias de temporal
Acimas das nuvens, “Ela” impera
Mestre Rei a ilumina e rege.
“Mãe” cuida!
E dos seus rebentos novos sorrirão
E como velho marujo
Deixo que me guiem os dedos como leme
Com doces dedinhos
Que a vida lhes seja cómoda
Rui Santos
05/06/23
1 comentário:
Muito belo. Sente-se amor e delicadeza, paixão pela Natureza, afecto filial e paternal, evolução, vida!
Gostei muito, poeta!
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