Enclausurado com manto pesado
Malvados teares
Tecem tristezas, angustia e
Nós apertados em gargantas sensíveis
Nos gritos abafados neste casulo
Pesado e hermético que me sufoca
Lagrimas, este sabor a mar
Que dos meus olhos escorre
Rego a esperança com elas
Para que floresça viçosa e pura
E no meio do meu peito semear
A alegria que outrora me roubaram
E com o calor dos teus desejos
Abrigar esta sementeira
E com o tempo, ver-te assim
Cavalgar na garupa de puro sangue
Cabelos negros esvoaçantes
E o meu manto pesado, desfaz-se
Nas tuas costas, em que o pousei
Em mil gritos de euforia
As lágrimas secam ao galope
Em passo de corrida espantadas
E como quem me rega, o meu ego
Ver-te assim feliz
Depojada de rancores a minha alma
Paira
Rui Santos
24/01/24
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