segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Vislumbres

Nos sonhos
Onde de leve, pouso a mão
No ventre da criação
Suave pele que me amacia o ser
Me dá azos aos devaneios
Os meus desejos fervilham
Na ponta dos dedos.
A suavidade do teu ser, despoja-me
Das armaduras de guerra
Carregadas durante décadas
E o teu sorriso sincero toca-me
Olhar cor de mel, vislumbra-me
Como o teu lábio me prende os beijos
Na boca perfeita que deseja
Morder o lábio carnudo
- Era eu a Fonte do teu devaneio?
Destroçados de outras guerras
Onde a magoa dura e persiste
Mas como raio de luz,
Não me deixas esquecer-te
E realimentas algo que eu guardo
Como tesouro meu
Serei eu o teu cavaleio andante
Que na tua falta cavalga sozinho
Sem rumo?
Por onde paras tu rainhas dos meus sentidos?
Não me abandones agora
É agora que quero criar o meu reino



Rui Sanstos
!5/01/24


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